sexta-feira, 22 de maio de 2009

MACONHA: Afinal que droga é essa?

"Dizer 'maconha' é espalhar um rastro de discórdia".
Fernando Gabeira



A maconha, a droga mais conhecida e a mais polêmica distribuída no Brasil, tem defensores sobre a sua liberação/descriminilização inclusive nos membros do Poder Executivo do Governo Federal.


Por ter participado da Marcha da Maconha realizada no dia 09 de maio de 2009, o Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc foi convocado a prestar esclarecimentos à Comissão de Segurança Pública da Câmara que atendeu ao requerimento do Deputado Federal pelo PMDB-DF, Laerte Bessa.


O prior do apostolado da Opus Christi, João Carlos Costa, afirmou que encaminhou denúncia ao Ministério Público Estadual, para ele a manifestação não passa de apologia ao crime não deve ser tolerada em ambiente frequentado por criança.


De tempos em tempos a imprensa divulga reportagens sobre a liberalização/descriminilização da maconha. O fato não ocorre apenas no Brasil, recentemente o governador da Califórnia, USA, pelo Partido Republicano, Arnold Schwazenegger defendeu publicamente o uso da droga para fins recreacionais como alternativa aumentar a arrecadação de impostos. O projeto prevê a liberação do entorpecente para uso não terapêutico/medicinal desde que incida sobre os ombros dos usuários pesados impostos. A projeção do recolhimento chega US$ 1,3 bilhão ao ano graças à marijuana. Resta saber se o estado não vai gastar esse montante em tratamento de saúde para os “malucos” da região. O fato de taxar a droga pode elevar o seu custo para o usuário que sem outra opção poderá migrar para o uso de outras substâncias ilícitas, porém com preços inferiores. A UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo nos ajuda a responder a pergunta título desse artigo bem como nos ajuda a conhecer um pouco mais sobre os efeitos da maconha em nosso organismo.

Maconha

1. Histórico e origem da maconha

A palavra maconha provém de cânhamo (Cannabis sativa), que é um arbusto de cerca de dois metros de altura, que cresce em zonas tropicais e temperadas. O princípio ativo da planta é o THC (tetra hidro canabinol), sendo ele o responsável pelos efeitos que a droga causa no organismo. A folha da maconha é conhecida por vários nomes: marihuana ou marijuana, diamba ou liamba e bangue. O haxixe é uma preparação obtida por grande pressão que se torna uma pasta semi-sólida, que pode ser moldada sob a forma de bolotas e que tem grande concentração de THC.

A maconha é conhecida do homem há milênios. O uso dessa droga passou por várias etapas ao longo dos séculos. Como medicamento ela foi usada há quase 5000 anos na China. No II milênio da era cristã ela chegou ao mundo ocidental. A primeira referência de maconha no Brasil é do século XVI. Nos Estados Unidos ela era muito utilizada como hipnótico, anestésico e espasmolítico. Porém o seu uso terapêutico declinou no final do século passado. A razão para o desuso médico da droga foi a descoberta que a droga se deteriorizava muito rapidamente com o tempo, e consequentemente ocorria a perda do seu efeito clínico. Uma outra causa foi o relacionamento do seu uso não-médico (abuso) da maconha à distúrbios psíquicos, ao crime e à marginalização.

Nos meados da década de sessenta houve um aumento do uso da maconha nos Estados Unidos, principalmente entre os jovens. Esse uso se difundiu para a Europa e países em desenvolvimento. No Brasil, o consumo é feito geralmente por jovens da classe média das grandes cidades e também por estudantes do primeiro grau. A legislação brasileira considera o uso e o tráfico da droga um crime.

Acesse aqui para ver mais resultados da pesquisa.

A Marcha da Maconha encontrou espaço restrito na mídia brasileira, onde os grandes veículos de comunicação do país ainda não perceberam justificativas para defender o uso livre da substância e limitam-se apenas a divulgar o evento sem alardes, apesar de alguns jornalistas de projeção nacional tendo opiniões favoráveis a isso, como por exemplo, Arnaldo Jabour que defende a liberalização da droga em artigo divulgado pela rádio CBN em rede nacional.

O debate parece ser longo e acalorado, a legislação o tema referente aos entorpecentes apenas como caso de polícia, na verdade a força repressiva nessa situação deve ser encarado como sendo o final da sequência de óbices sociais. É a família desestruturada, o ingresso das mães no mercado de trabalho, é a ausência de ações sociais executados pelo Estado. A percepção de que o combate as drogas ou a liberação definitiva para finalidade recreacional precisa ser debatida com a sociedades através de ampla parceria com assistentes sociais, médicos, nutricionistas, advogados, entidades religiosas, pedagogos e... no fim da lista entra a força policial, ainda assim, para reprimir ou punir os crimes praticados para obtenção da droga e não pelo consumo.








Um comentário:

  1. muito interessante amigo...
    belo blog espero novas publicações..
    bjs

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