domingo, 5 de maio de 2013
domingo, 20 de dezembro de 2009
É tempo de Natal
No ano passado o Natal começou a ser lembrado pelo comércio já em meados de agosto, logo após o dia dos pais. Devido a grave crise financeira que afetou (e continua afetando) os principais mercados mundiais – USA, Europa e Japão – o setor varejista começou a “convocar” o consumidor para ir às compras com decorações alusivas à data. A imprensa, que normalmente cumpre o seu papel de incentivadora ao consumo, mostrava um cenário totalmente adverso às compras sendo necessário a interferência direta da Presidência Nacional para esclarecer que a crise financeira estava fora das fronteiras brasileiras.
Hoje, porém o consumidor está mais calmo, a serenidade voltou aos mercados internacionais (será?). A imprensa é unânime em afirmar que o peru de Natal este ano será mais gordo. Mas será que é só isso. Será que o Natal é só uma orgia de compras e de ruas apinhadas com gente estressada e apressada em ritual de auto flagelação? No Ocidente, onde o valor das pessoas é medido pelo que elas têm a oferecer e não pelo que elas são, o Natal não passa de um grande comércio. O Marketing renovou as esperanças corporativas ao unir o espírito e o capital, ou seja, Deus e o dinheiro.
O dia de Natal é celebrado com festas familiares e corporativas onde não faltam vinhos, comida, presentes e muita alegria. Cristãos lembram que a data deve ser de reflexão e união e que o verdadeiro espírito natalino está nas coisas puras e simples e que o principal objetivo da data é comemorar o aniversário de nascimento do menino Jesus.
De nada vale Jesus nascer em Belém [1]
Se não nascer em ti de novo.
Não o busques no além.
Faça-o nascer do povo.
É importante buscar o equilíbrio entre a materialidade e a espiritualidade que reina na época de Natal. A fraternidade vivida em família diminui a distância entre as gerações e alimenta o espírito enquanto mantém acesa a tradição natalina. A carência, característica apontada por Aristóteles, enquanto define o homem como animal social por natureza, fica latente nessa época do ano em que as pessoas enfrentam felizes todas as provações do desgaste físico e mental apenas para comprar “uma lembrancinha” para que o Natal não passe em branco.
[1] http://www.leonardoboff.com/site/vista/2001-2002/natal.htm (acessado em 20.12.2009)
quinta-feira, 9 de julho de 2009
AMAZÔNIA NO CENTRO DAS DISCUSSÕES.
Após a última edição realizada em Campinas (SP), a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) retorna à região amazônica com início no próximo domingo (12/7), no campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus (AM), com o tema “Amazônia: Ciência e Cultura”. A programação se encerra no dia 17 de julho.
Os organizadores da maior reunião científica da América Latina, que terá cobertura diária da Agência FAPESP, esperam receber milhares de pesquisadores, docentes e estudantes do ensino superior, médio e fundamental, além de autoridades e gestores públicos. Para mais informações clique aqui.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL. É POSSÍVEL NA AMAZÔNIA?
Nas Américas, especialmente no Brasil, pouco sobrou das florestas nativas que existiam na época do descobrimento. Em outros países, como os Estados Unidos da América, não é diferente. Entre os próprios ambientalistas existem pontos de discórdia quando o assunto é desenvolvimento sustentável para a Amazônia, pois as mesmas convicções que criticam o uso das florestas nativas para a produção de celulose e derivados norteiam as restrições feitas contra a utilização das árvores de reflorestamento. As florestas são patrimônios da humanidade e que devem permanecer intocadas para garantir a sobrevivência do planeta, enquanto que a monocultura – eucaliptos – é condenada por acabar com as outras espécies de vida.
Manter a Amazônia intacta é um desafio para os governantes da América do Sul. O bioma amazônico estende-se pelos territórios da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela totalizando 5,5 milhões de KM². Esse imenso tesouro verde atiça a cobiça de exploradores que querem destruir a floresta para retirar suas riquezas.
A biopirataria é outro desafio a ser enfrentado pelas autoridades dos países que compõem o bioma. Em 2002, mais de 100 representantes de pescadores, artesãos, povos indígenas, agricultores, extrativistas, ONG's, de 32 paises participaram da Oficina Internacional "Cultivando Diversidade", cujo encontro realizou-se na cidade de RioBranco, capital do estado do Acre, Brasil, nos dias de 09 a 19 de maio daquele ano. Da reunião foi extaída uma declaração que ficou conhecida como "Compromisso de Rio Branco" onde as entidades assumem publicamente o compromisso de lutar pela proteção e preservação de todo o ecossistema da floresta. Veja aqui o documento na íntegra.
Pois bem, como manter as características vitais do bioma e ao mesmo tempo garantir produção sustentável aos povos da floresta? A questão continuará sem uma resposta definitiva que satisfaça às necessidades de cuidados com a região, porém, há uma percepção de que o Norte da América do Sul está sendo cada vez mais valorizado. Programas são exibidos na televisão, cuja ambientação é feita na floresta amazônica, e retratam aspectos fundamentais da cultura local. Seminários e encontros como os da Oficina Internacional "Cultivando a biodiversidade" realizados na floresta contribuem para que os brasileiros que vivem em outras regiões do país conheçam os, também brasileiros, que vivem na floresta.
*Frase atribuída à Jacques Yves Cousteau, que a teria dito em 1982, durante a sua expedição científica pela Amazônia, por Luiz Carlos Marin na edição de julho/2004 da revista Superinteressante.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
DESAFIOS DO ADMINISTRADOR DE RH (I)
A Administração de Recursos Humanos tem muitos desafios a serem superados no século XXI. A adaptação às novas exigências de um mercado cada vez dinâmico, complexo e competitivo tem que ser efetivadas rapidamente. Segundo Philip Kotler, o mais influente consultor de marketing da atualidade, qualquer departamento, pessoa ou função somente se justificará se contribuir para a atividade fim da empresa.
Nesse contexto as atribuições do Gestor de Recursos Humanos assumem um papel que vai além de processar a folha de pagamento ou atualizar os registros de funcionários. De acordo com Kevin Berchelmann, - dossiê RH da revista HSM Management, set/out 2006 - a ARH adquiriu dimensões fundamentais para o planejamento estratégico das organizações. Parece irônico, diz ele, as atuais responsabilidades da ARH ficaram tão significativas que não podemos mais deixar que tome decisões isoladas.
Para os gestores envolvidos com o processo produtivo o Departamento de Recursos Humanos é visto como um custo desnecessário e nas épocas de crise a lógica administrativa diz que reduzir custos a partir dele é a melhor alternativa para superar as dificuldades. A visão míope faz que os administradores tomem decisões apressadas e equivocadas que acarretam invariavelmente na redução do quadro de funcionários.
O esforço feito para captar talentos, dentro ou fora da organização só não é maior que o dispêndio necessário para manter o capital humano dentro da organização. Para os administradores de RH a tarefa de “garimpar” talentos no mercado ou reconhecê-los dentro do quadro de funcionários, sem a participação dos demais departamentos é nula. Kotler e John Caslione no livro “Vencer no caos”, recentemente lançado, dizem que por mais tentador que seja o administrador deve adotar a postura de não demitir, principalmente se for só para garantir resultados de curto prazo. O risco é ter que recontratar esses profissionais quando a situação melhorar, porém, com custos mais elevados.
sábado, 30 de maio de 2009
O "TRICKLE UP" É A NOVA TENDÊNCIA.
O presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, frequentemente fala em seus discursos, que não cabe aos países emergentes o ônus da crise financeira que tem seu principal foco na maior economia do planeta, os Estados Unidos da América. Lula foi duramente criticado pela imprensa local por falar em evento oficial com o primeiro-ministro britânico Gordon Brown que a atual crise não nasceu entre os índios e os negros, e sim nos países de gente branca e de olhos azuis. Inicio esse artigo com esse discurso para mostrar a sutileza com que fatos e tendências dentro da economia ganham novas cores e novos sabores.
Artigo publicado na revista Exame, 20 de maio de 2009 desperta o interesse devido a situações que envolvem os mercados emergentes como base para lançamento de novos produtos. Recentemente neste blog foi publicada a inovação de um produto produzido em Portugal. Dessa vez o autor pretende falar um pouco do aspecto econômico ao se desenvolver produtos e tecnologias nos países emergentes.
Sob o título de “A solução veio dos emergentes”, a revista Exame relata o “trickle up”, termo com sentido inverso ao que os economistas chamam de “trickle down”. A expressão original (trickle down) significa “pingar para baixo”, que no bom economês diz que as riquezas produzidas e acumuladas nos países ricos escorrem naturalmente para os países mais pobres. O exemplo mostrado pela revista destaca quatro momentos da versão do xarope Vick, da Procter&Gamble, cuja fórmula produzida para atender inicialmente o mercado mexicano em 2003. Somente no ano seguinte chegou ao Brasil, em 2005 nos EUA para atender as comunidades hispânicas da Califórnia e do Texas e, em 2008 ganhava o mercado suíço com embalagem nova e o apelo de ser um produto homeopático.
As terminologias, talvez, sejam apenas termos técnicos, nada mais do que isso. É perceptível que no movimento “trickle down” o produto é produzido no país no qual a organização tem sede administrativa, enquanto que no movimento “trickle up” a inovação é concebida e produzida no país emergente e que certamente arcará com o ônus da produção. Quando se aborda o ciclo de vida de um produto, a fase que acumula os custos e que ainda não há possibilidade de geração de receitas é omitida. É exatamente nesse ponto que os CEO’s precisam atuar, cortando gastos, para aumentar a margem de lucro.
A velocidade com que novos produtos são lançados no mercado, aliada a necessidade de redução de custos faz com que o tempo decorrido desde o planejamento e a introdução da coisa produzida seja cada vez mais curto, algo que pode ser comprometedor se não forem adotadas medias para assegurar a qualidade.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
O VERDADEIRO PAPEL DA INOVAÇÃO
Marketing autêntico não é a arte de vender o que você faz mas saber o que fazer. Philip Kotler
Há cerca de trinta dias os veículos de comunicação divulgaram a denúncia feita pela Organização Não Governamental Greenpeace que consiste em dizer as indústrias produtoras de papel higiênico destroem as florestas nativas no norte do Canadá. Para deixar o papel branquinho e com a textura extra macia além da derrubada de árvores é necessário também, a utilização de produtos químicos que descartados no meio ambiente, declaram os ambientalistas.
Nesta semana o produto de higiene pessoal mais democrático do planeta voltou a ser alvo das atenções dos jornalistas e “blogueiros”, porém dessa vez o papel higiênico é mostrado em grande estilo. A Renova, indústria portuguesa líder na produção de toalhas e lenços de papel 100% reciclado criou o papel higiênico colorido. Vejam só, a principal diferença , visivel dos produtos da Renovagreen para os papeis tradicionais está na cor, a empresa é pioneira na produção do papel higiênico preto. A bem da verdade, o produto já existe há pelo menos 4 anos, e somente agora parece estar chegando em terras sul americanas. O Renovablack, como é chamado o papel higiênico preto, teve seu lançamento em solo nativo, ou seja, em Portugal, para logo em seguida ganhar o mercado espanhol e o inglês. Como não poderia deixar de ser, a novidade chegou a cidade mais cosmopolita do planeta, New York, USA. A inovação impressionou tanto os novaiorquinos que se seu principal jornal, o New York Times encaminhou representante à terra de Camões para ver o que estava acontecendo por lá e conhecer os idealizadores do tão inusitado produto.
Philip Kotler, notadamente o mais conhecido consultor de Marketing da atualidade, diz que a globalização e a tecnologia são duas poderosas forças que impelem as organizações a mudarem seus produtos. A empresa que tem a capacidade inovar e mudar rapidamente tem vantagem competitiva sobre a concorrência.
É difícil imaginar atividades de “brainstorming” em torno de um rolo de papel, principalmente se for um produto consolidado no mercado e que não tem sinais visíveis de entrar
Portanto não estranhe se surgirem papeis higiênicos na novela das oito horas, nos talk shows, boates, shoppings (na sua boutique favorita), no banheiro da sua casa e... acredite. Até em cima da mesa de jantar. O impacto positivo causado pelo produto é tão forte que muitos restaurantes europeus estão retirando ele dos banheiros e colocando nas mesas como guardanapos.
A Renovagreen apresenta-se como gama de produtos de higiene e limpeza100% reciclados, biodegradáveis e não tóxicos, certificada com o Rótulo Ecológico europeu.