segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

HOLLYWOOD ENCONTRA O CAMINHO DAS INDIAS

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood após um longo namoro, finalmente acertou o noivado com os produtores indianos. A indústria cinematográfica norte americana passou por duas guerras mundiais e manteve a firme postura de apoio aos projetos do governo, sem envolver-se diretamente no debate entre democratas e republicanos. O cinema, principal veículo de divulgação e disseminação do “American Way Life” ele ditou moda, subverteu culturas e é um raro produto que está presente em todas as classes sociais. As obras produzidas são segmentadas para atender diferentes públicos, os amantes de ficção, romance, drama, terror, humor, suspense, musicais, infantis e outros, inclusive os documentários. Valendo-se de múltiplos canais de distribuição ele chega a todos os lares do país. Porém, diferente da forma de distribuição, que varia de acordo com a tecnologia disponível, o processo produtivo continua o mesmo do início do século XX.

A crise financeira que atingiu os principais centros econômicos do planeta, que até então eram considerados sólidos e à prova de “quebradeiras”, como EUA, Japão e alguns países da Europa, também poderá afetar a secular indústria do entretenimento americano.

Resta saber qual papel a indústria cinematográfica dos Estados Unidos irá desempenhar no decorrer do século XX. Observa-se ao longo da história que o cinema americano tem a tendência de retratar como vilões nas suas produções, supostos “inimigos à paz mundial”. Alemães, Russos, e Árabes foram incansavelmente perseguidos e vencidos pelos “mocinhos” de Hollywood. No início do século XXI, com o crescimento acelerado da economia chinesa percebe-se que os psicopatas que querem dominar o mundo mudaram de endereço situando-se dessa vez na Ásia.

O sim da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood ao dar oito estatuetas do “Oscar” - melhor filme, diretor, roteiro adaptado, fotografia, mixagem de som, edição, trilha sonora original e canção original - para “Quem quer se um milionário” do diretor Danny Boyle, prêmio mais celebrado do cinema mundial, soa como uma brilhante estratégia de Marketing.

As mudanças políticas, sociais e econômicas recentes na região sul americana trazem à tona um questionamento para debate. Será que os países da América do sul são a “bola da vez” a serem combatidos pelos heróis das telonas.

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