No ano passado o Natal começou a ser lembrado pelo comércio já em meados de agosto, logo após o dia dos pais. Devido a grave crise financeira que afetou (e continua afetando) os principais mercados mundiais – USA, Europae Japão – o setor varejista começou a “convocar” o consumidor para ir às compras com decorações alusivas à data. A imprensa, que normalmente cumpre o seu papel de incentivadora ao consumo, mostrava um cenário totalmente adverso às compras sendo necessário a interferência direta da Presidência Nacional para esclarecer que a crise financeira estava fora das fronteiras brasileiras.
Hoje, porém o consumidor está mais calmo, a serenidade voltou aos mercados internacionais (será?).A imprensa é unânime em afirmar que o peru de Natal este ano será mais gordo. Mas será que é só isso. Será que o Natal é só uma orgia de compras e de ruas apinhadas com gente estressada e apressada em ritual de auto flagelação? No Ocidente, onde o valor das pessoas é medido pelo que elas têm a oferecer e não pelo que elas são, o Natal não passa de um grande comércio. O Marketing renovou as esperanças corporativas ao unir o espírito e o capital, ou seja, Deus e o dinheiro.
O dia de Natal é celebrado com festas familiares e corporativas onde não faltam vinhos, comida, presentes e muita alegria. Cristãos lembram que a data deve ser de reflexão e união e que o verdadeiro espírito natalino está nas coisas puras e simples e que o principal objetivo da data é comemorar o aniversário de nascimento do menino Jesus.
De nada vale Jesus nascer em Belém [1] Se não nascer em ti de novo.
Não o busques no além.
Faça-o nascer do povo.
É importante buscar o equilíbrio entre a materialidade e a espiritualidade que reina na época de Natal. A fraternidade vivida em família diminui a distância entre as gerações e alimenta o espírito enquanto mantém acesa a tradição natalina. A carência, característica apontada por Aristóteles, enquanto define o homem como animal social por natureza, fica latente nessa época do ano em que as pessoas enfrentam felizes todas as provações do desgaste físico e mental apenas para comprar “uma lembrancinha” para que o Natal não passe em branco.
Após a última edição realizada em Campinas (SP), a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) retorna à região amazônica com início no próximo domingo (12/7), no campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus (AM), com o tema “Amazônia: Ciência e Cultura”. A programação se encerra no dia 17 de julho.
Os organizadores da maior reunião científica da América Latina, que terá cobertura diária da Agência FAPESP, esperam receber milhares de pesquisadores, docentes e estudantes do ensino superior, médio e fundamental, além de autoridades e gestores públicos. Para mais informações clique aqui.
“Hoje, o mundo está preocupado com a guerra nuclear, mas essa ameaça vai desaparecer. A guerra do futuro será entre os que defendem a natureza e os que a destroem. E a Amazônia vai ficar no olho do furacão. Cientistas, políticos e artistas desembarcarão aqui para ver o que está sendo feito com a floresta.” (Jacques Yves Cousteau. 1910-1997)*
Nas Américas, especialmente no Brasil, pouco sobrou das florestas nativas que existiam na época do descobrimento. Em outros países, como os Estados Unidos da América, não é diferente. Entre os próprios ambientalistas existem pontos de discórdia quando o assunto é desenvolvimento sustentável para a Amazônia, pois as mesmas convicções que criticam o uso das florestas nativas para a produção de celulose e derivados norteiam as restrições feitas contra a utilização das árvores de reflorestamento. As florestas são patrimônios da humanidade e que devem permanecer intocadas para garantir a sobrevivência do planeta, enquanto que a monocultura – eucaliptos – é condenada por acabar com as outras espécies de vida.
Manter a Amazônia intacta é um desafio para os governantes da América do Sul. O bioma amazônico estende-se pelos territórios da Bolívia,Brasil,Colômbia,Equador,Guiana,Guiana Francesa,Peru,Suriname e Venezuela totalizando 5,5 milhões de KM². Esse imenso tesouro verde atiça a cobiça de exploradores que querem destruir a floresta para retirar suas riquezas.
A biopirataria é outro desafio a ser enfrentado pelas autoridades dos países que compõem o bioma. Em 2002, mais de 100 representantes de pescadores, artesãos, povos indígenas, agricultores, extrativistas, ONG's, de 32 paises participaram da Oficina Internacional "Cultivando Diversidade", cujo encontro realizou-se na cidade de RioBranco, capital do estado do Acre, Brasil, nos dias de 09 a 19 de maio daquele ano. Da reunião foi extaída uma declaração que ficou conhecida como "Compromisso de Rio Branco" onde as entidades assumem publicamente o compromisso de lutar pela proteção e preservação de todo o ecossistema da floresta. Veja aqui o documento na íntegra.
Cientistas tem feito pesquisas relacionadas ao clima e a biodiversidade local com mais intensidade depois que Charles Darwin, em 1859, publicou o livro “A origem das espécies", porém, poucas voltadas para o meio produtivo. Hoje é possível verificar projetos que valorizam a mão-de-obra da região, bem como os produtos que são extraídos sem degradar a floresta.
Pois bem, como manter as características vitais do bioma e ao mesmo tempo garantir produção sustentável aos povos da floresta? A questão continuará sem uma resposta definitiva que satisfaça às necessidades de cuidados com a região, porém, há uma percepção de que o Norte da América do Sul está sendo cada vez mais valorizado. Programas são exibidos na televisão, cuja ambientação é feita na floresta amazônica, e retratam aspectos fundamentais da cultura local. Seminários e encontros como os da Oficina Internacional "Cultivando a biodiversidade" realizados na floresta contribuem para que os brasileiros que vivem em outras regiões do país conheçam os, também brasileiros, que vivem na floresta.
*Frase atribuída à Jacques Yves Cousteau, que a teria dito em 1982, durante a sua expedição científica pela Amazônia, por Luiz Carlos Marin na edição de julho/2004 da revista Superinteressante.
A Administração de Recursos Humanos tem muitos desafios a serem superados no século XXI. A adaptação às novas exigências de um mercado cada vez dinâmico, complexo e competitivo tem que ser efetivadas rapidamente. Segundo Philip Kotler, o mais influente consultor de marketing da atualidade, qualquer departamento, pessoa ou função somente se justificará se contribuir para a atividade fim da empresa.
Nesse contexto as atribuições do Gestor de Recursos Humanos assumem um papel que vai além de processar a folha de pagamento ou atualizar os registros de funcionários. De acordo com Kevin Berchelmann,- dossiê RH da revista HSM Management, set/out 2006 -a ARH adquiriu dimensões fundamentais para o planejamento estratégico das organizações. Parece irônico, diz ele, as atuais responsabilidades da ARH ficaram tão significativas que não podemos mais deixar que tome decisões isoladas.
Para os gestores envolvidos com o processo produtivo o Departamento de Recursos Humanos é visto como um custo desnecessário e nas épocas de crise a lógica administrativa diz que reduzir custos a partir dele é a melhor alternativa para superar as dificuldades. A visão míope faz que os administradores tomem decisões apressadas e equivocadas que acarretam invariavelmente na redução do quadro de funcionários.
O esforço feito para captar talentos, dentro ou fora da organização só não é maior que o dispêndio necessário para manter o capital humano dentro da organização. Para os administradores de RH a tarefa de “garimpar” talentos no mercado ou reconhecê-los dentro do quadro de funcionários, sem a participação dos demais departamentos é nula. Kotler e John Caslione no livro “Vencer no caos”, recentemente lançado, dizem que por mais tentador que seja o administrador deve adotar a postura de não demitir, principalmente se for só para garantir resultados de curto prazo. O risco é ter que recontratar esses profissionais quando a situação melhorar, porém, com custos mais elevados.
O presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, frequentemente fala em seus discursos, que não cabe aos países emergentes o ônus da crise financeira que tem seu principal foco na maior economia do planeta, os Estados Unidos da América. Lula foi duramente criticado pela imprensa local por falar em evento oficial com o primeiro-ministro britânico Gordon Brownque a atual crise não nasceuentre os índios e os negros, e sim nos países de gente branca e de olhos azuis. Inicio esse artigo com esse discurso para mostrar a sutileza com que fatos e tendências dentro da economia ganham novas cores e novos sabores.
Artigo publicado na revista Exame, 20 de maio de 2009 desperta o interesse devido a situações que envolvem os mercados emergentes como base para lançamento de novos produtos. Recentemente neste blog foi publicada a inovação de um produto produzido em Portugal. Dessa vez o autor pretende falar um pouco do aspecto econômico ao se desenvolver produtos e tecnologias nos países emergentes.
Sob o título de “A solução veio dos emergentes”, a revista Exame relata o “trickleup”, termo com sentido inverso ao que os economistas chamam de “trickledown”. A expressão original (trickledown) significa “pingar para baixo”,que no bom economês diz que as riquezas produzidas e acumuladas nos países ricos escorrem naturalmente para os países mais pobres. O exemplo mostrado pela revista destaca quatro momentos da versão do xarope Vick, da Procter&Gamble, cuja fórmula produzida para atender inicialmente o mercado mexicano em 2003. Somente no ano seguinte chegou ao Brasil, em 2005 nos EUA para atender as comunidades hispânicas da Califórnia e do Texas e, em 2008 ganhava o mercado suíço com embalagem nova e o apelo de ser um produto homeopático.
As terminologias, talvez, sejam apenas termos técnicos, nada mais do que isso. É perceptível que no movimento “trickledown” o produto é produzido no país no qual a organização tem sede administrativa, enquanto que no movimento “trickleup” a inovação é concebida e produzida no país emergente e que certamente arcará com o ônus da produção. Quando se aborda o ciclo de vida de um produto, a fase que acumula os custos e que ainda não há possibilidade de geração de receitas é omitida. É exatamente nesse ponto que os CEO’s precisam atuar, cortando gastos, para aumentar a margem de lucro.
A velocidade com que novos produtos são lançados no mercado, aliada a necessidade de redução de custos faz com que o tempo decorrido desde o planejamento e a introdução da coisa produzida seja cada vez mais curto, algo que pode ser comprometedor se não forem adotadas medias para assegurar a qualidade.
Marketing autêntico não é a arte de vender o que você faz mas saber o que fazer. Philip Kotler
Há cerca de trinta dias os veículos de comunicação divulgaram a denúncia feita pela Organização Não Governamental Greenpeaceque consiste em dizer as indústrias produtoras de papel higiênico destroem as florestas nativas no norte do Canadá. Para deixar o papel branquinho e com a textura extra macia além da derrubada de árvores é necessário também, a utilização de produtos químicos que descartados no meio ambiente, declaram os ambientalistas.
Nesta semana o produto de higiene pessoal mais democrático do planeta voltou a ser alvo das atenções dos jornalistas e “blogueiros”, porém dessa vez o papel higiênico é mostrado em grande estilo. A Renova, indústria portuguesa líder na produção de toalhas e lenços de papel 100% reciclado criou o papel higiênico colorido. Vejam só, a principal diferença , visivel dos produtos da Renovagreen para os papeis tradicionais está na cor, a empresa é pioneira na produção do papel higiênico preto. A bem da verdade, o produto já existe há pelo menos 4 anos, e somente agora parece estar chegando em terras sul americanas. O Renovablack, como é chamado o papel higiênico preto, teve seu lançamento em solo nativo, ou seja, em Portugal, para logo em seguida ganhar o mercado espanhol e o inglês. Como não poderia deixar de ser, a novidade chegou a cidade mais cosmopolita do planeta, New York, USA. A inovação impressionou tanto os novaiorquinos que se seu principal jornal, o New York Timesencaminhou representante à terra de Camões para ver o que estava acontecendo por lá e conhecer os idealizadores do tão inusitado produto.
Philip Kotler, notadamente o mais conhecido consultor de Marketing da atualidade, diz que a globalização e a tecnologia são duas poderosas forças que impelem as organizações a mudarem seus produtos. A empresa que tem a capacidade inovar e mudar rapidamente tem vantagem competitiva sobre a concorrência.
É difícil imaginar atividades de “brainstorming” em torno de um rolo de papel, principalmente se for um produto consolidado no mercado e que não tem sinais visíveis de entrar em declínio. Esta se falando de um produto fabricado e utilizado da mesma forma desde o século XIXe de repente surge uma idéia nova (ideia colorida seria o correto) e mostra efetivamente aquilo que os teóricos falam nos livros: uma idéia simples, se bem executa vale mais que as idéias complexas, as dificuldades de conceber uma inovação pode tornar-se um pesadelo na hora da execução.A Renova aplicou à simplicidade do produto cores vibrantes azul, verde, laranja, pink, vermelho e o básico preto. O fabricante diz que os produtos ficaram bonitos que será difícil utilizá-los apenas para a finalidade a que forma criados.
Portanto não estranhe se surgirem papeis higiênicos na novela das oito horas, nos talk shows, boates, shoppings (na sua boutique favorita), no banheiro da sua casa e... acredite. Até em cima da mesa de jantar. O impacto positivo causado pelo produto é tão forte que muitos restaurantes europeus estão retirando ele dos banheiros e colocando nas mesascomo guardanapos.
A Renovagreen apresenta-se como gama de produtos de higiene e limpeza100% reciclados, biodegradáveis e não tóxicos, certificada com o Rótulo Ecológico europeu.
"Dizer 'maconha' é espalhar um rastro de discórdia". Fernando Gabeira
A maconha, a droga mais conhecida e a mais polêmica distribuída no Brasil, tem defensores sobre a sua liberação/descriminilização inclusive nos membros do Poder Executivo do Governo Federal.
Por ter participado da Marcha da Maconha realizada no dia 09 de maio de 2009, o Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc foi convocado a prestar esclarecimentos à Comissão de Segurança Pública da Câmara que atendeu ao requerimento do Deputado Federal pelo PMDB-DF, Laerte Bessa.
O prior do apostolado da Opus Christi, João Carlos Costa, afirmou que encaminhou denúncia ao Ministério Público Estadual, para ele a manifestação não passa de apologia ao crime não deve ser tolerada em ambiente frequentado por criança.
De tempos em tempos a imprensa divulga reportagens sobre a liberalização/descriminilização da maconha. O fato não ocorre apenas no Brasil, recentemente o governador da Califórnia, USA, pelo Partido Republicano, Arnold Schwazenegger defendeu publicamente o uso da droga para fins recreacionais como alternativa aumentar a arrecadação de impostos. O projeto prevê a liberação do entorpecente para uso não terapêutico/medicinal desde que incida sobre os ombros dos usuários pesados impostos. A projeção do recolhimento chega US$ 1,3 bilhão ao ano graças à marijuana. Resta saber se o estado não vai gastar esse montante em tratamento de saúde para os “malucos” da região. O fato de taxar a droga pode elevar o seu custo para o usuário que sem outra opção poderá migrar para o uso de outras substâncias ilícitas, porém com preços inferiores.A UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo nos ajuda a responder a pergunta título desse artigo bem como nos ajuda a conhecer um pouco mais sobre os efeitos da maconha em nosso organismo.
Maconha
1. Histórico e origem da maconha
A palavra maconha provém de cânhamo (Cannabis sativa), que é um arbusto de cerca de dois metros de altura, que cresce em zonas tropicais e temperadas. O princípio ativo da planta é o THC (tetra hidro canabinol), sendo ele o responsável pelos efeitos que a droga causa no organismo. A folha da maconha é conhecida por vários nomes: marihuana ou marijuana, diamba ou liamba e bangue. O haxixe é uma preparação obtida por grande pressão que se torna uma pasta semi-sólida, que pode ser moldada sob a forma de bolotas e que tem grande concentração de THC.
A maconha é conhecida do homem há milênios. O uso dessa droga passou por várias etapas ao longo dos séculos. Como medicamento ela foi usada há quase 5000 anos na China. No II milênio da era cristã ela chegou ao mundo ocidental. A primeira referência de maconha no Brasil é do século XVI. Nos Estados Unidos ela era muito utilizada como hipnótico, anestésico e espasmolítico. Porém o seu uso terapêutico declinou no final do século passado. A razão para o desuso médico da droga foi a descoberta que a droga se deteriorizava muito rapidamente com o tempo, e consequentemente ocorria a perda do seu efeito clínico. Uma outra causa foi o relacionamento do seu uso não-médico (abuso) da maconha à distúrbios psíquicos, ao crime e à marginalização.
Nos meados da década de sessenta houve um aumento do uso da maconha nos Estados Unidos, principalmente entre os jovens. Esse uso se difundiu para a Europa e países em desenvolvimento. No Brasil, o consumo é feito geralmente por jovens da classe média das grandes cidades e também por estudantes do primeiro grau. A legislação brasileira considera o uso e o tráfico da droga um crime.
A Marcha da Maconha encontrou espaço restrito na mídia brasileira, onde os grandes veículos de comunicação do país ainda não perceberam justificativas para defender o uso livre da substância e limitam-se apenas a divulgar o evento sem alardes, apesar de alguns jornalistas de projeção nacional tendo opiniões favoráveis a isso, como por exemplo, Arnaldo Jabour que defende a liberalização da droga em artigo divulgado pela rádio CBN em rede nacional.
O debate parece ser longo e acalorado, a legislação o tema referente aos entorpecentes apenas como caso de polícia, na verdade a força repressiva nessa situação deve ser encarado como sendo o final da sequência de óbices sociais. É a família desestruturada, o ingresso das mães no mercado de trabalho, é a ausência de ações sociais executados pelo Estado. A percepção de que o combate as drogas ou a liberação definitiva para finalidade recreacional precisa ser debatida com a sociedades através de ampla parceria com assistentes sociais, médicos, nutricionistas, advogados, entidades religiosas, pedagogos e... no fim da lista entra a força policial, ainda assim, para reprimir ou punir os crimes praticados para obtenção da droga e não pelo consumo.
A invasão chinesa anterior que sofremos foi devastadora para a indústria têxtil do Brasil. Milhares de postos de trabalho foram dizimados pela entrada dos produtos chineses. Mesmo com a qualidade desses produtos sendo constantemente questionada pelos empresários do setor a China introduz seus produtos em nosso mercado com valores competitivos. Aparentemente não se trata de transações desleais, pois até hoje não vi nenhum veículo de comunicação citar algum economista que afirme que os orientais estejam se valendo de dumping ou de outro artifício ilegal às relações internacionais. Porém há quem afirme que os direitos dos trabalhadores estariam sendo desrespeitados acintosamente pelos empresários enquanto o governo chinês faz "vista grossa".
O jornal Valor Econômico da última quarta-feira, 15de abril de 2009, diz que o fim do acordo bilateral entre os dois países – Brasil e China – determinou o aumento de 56% nas importações originadas no país asiático. Com o término do acordo, empresas brasileiras passaram a adquirir maior quantidade de peças de roupas; camisas de malha aumentaram o volume comercializado em 236%, jaquetas 260%, suéteres 286% produtos em seda 147% e os de veludo tiveram um acréscimo de 805%. Os dados referem-se ao primeiro trimestre de 2009 em comparação ao mesmo período de 2008.
Todos os anos nós vemos a imprensa dar ampla cobertura jornalística àquilo que ficou conhecido como “A malhação de Judas”. Um boneco vestido com roupas de adulto é pendurado pelo pescoço em um local público e, a partir daí o que se vê são cenas de muita violência.
Uma multidão de pessoas investe contra o boneco, que sempre é associado a um personagem real, e jogam pedras e paus até que ele caia. A vítima desse ato violento sofre então agressões de toda ordem, inclusive xingamentos. São socos, pedradas, chutes e pauladas até queimarem aquela coisa deformada que minutos antes tinha a aparência de humano.
As crianças, sem saber exatamente o que acontece, participam ativamente e, é claro, assimilam a violência como se fosse diversão, pois vêem seus pais rindo e brincando enquanto “malham” o pobre boneco feito de trapos.
A imprensa faz a sua parte divulgando isso com uma riqueza de detalhes como se fosse uma partida decisiva de futebol ou um desfile de escola de samba. O problema é que a mídia de massa esquece, não sei se propositadamente, que a associação do boneco com personagens reais é feita por gente grande e, que os participantes mirins vão relacionar os fatos com pessoas do seu universo, como professores, tias, pais, irmãos ou vizinhos que serão o “Judas” da vez, porém sem data nem hora marcada para serem "MALHADOS".
Especialistas debatem mudanças no varejo para conquistar cliente
Fernando Teixeira
SÃO PAULO - Especialistas do setor de varejo apontaram as tendências do varejo em dois eventos. Ontem na Fundação Getulio Vargas (FGV) eles discutiram o fato de que, com pouco investimento e com criatividade, os varejistas podem escapar da crise. Na semana passada, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a tônica foi colocar cliente como o principal ator.
Juracy Parente, professor de Varejo da FGV, que palestrou sobre as tendências do varejo este ano, na Fundação Getulio Vargas, diz que é necessário um forte trabalho de fixação da marca e liderança sobre os funcionários. De acordo com ele, são itens fundamentais neste momento de crise. "Os varejistas devem se preocupar em montar vitrines com itens mais baratos e em remodelar as gôndolas, para atrair consumidores."
Quanto ao comportamento das redes, ele acredita que muitas empresas que estão fracas devem ser incorporadas pelas redes fortes. "O dinheiro e a força das empresas ditarão quem vai ser comprado ou não."
Parente destaca que existem três tipos de empresas: as que caminham muito bem, as de qualidade competitiva e as de desvantagem competitiva. "Em condições normais, os varejistas precisam ter estratégia de diferenciação e eficiência em sua execução, e ainda oferecer boa experiência de compra ao consumidor e boa parceria com fornecedores", ressalta.
Na opinião de Maurício Morgado, doutor em Administração de Empresas e Professor da FGV, com baixo custo e criatividade pode-se estabelecer uma diferenciação e aparecer no mercado. Para ele é fundamental trazer novas experiências para fidelizar o cliente. "Um exemplo de baixo custo eu vi numa loja de vinhos, em Nova York. Como pouca gente entende de vinho, a BottleRocket Wine agrupou por consumo (aves, peixes, carnes), usando comunicação visual. A Sweet Rice, também em NY, agregou valor ao arroz-doce, deu-lhe vários sabores e inovou na forma. A porção mais barata custa US$ 7", expõe o professor.
ACSP
Na semana passada, a Associação Comercial de São Paulo tratou do mesmo tema e trouxe as novidades que foram apresentadas na National Retail Federation, em Nova York. Na visão da ACSP, o varejo caminha para um atendimento mais individualizado - tanto na propaganda, como no atendimento.
Os especialistas enfatizaram a importância das vitrines e disseram que os pontos-de-venda devem usar mais tecnologia, como telas de LCD ou plasma, propaganda no celular e em ferramentas da Internet, como o Twitter (mensagem curtas na web e celular).
Começa no próximo dia 09 de Março, ocorrendo sempre às segundas, das 9h30m às 13h, o Curso de Extensão Jornalismo de Políticas Públicas Sociais-JPPS. Criado em 2007 pelo Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ, em convênio com a Agência de Notícias dos Direitos da Infância-ANDI, o curso ocorre no Auditório da Central Multimídia da Escola de Comunicação da UFRJ, no Campus UFRJ da Praia Vermelha.
Saber mais siga o endereço abaixo: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/abertas-as-inscricoes-para-o-curso-de-jornalismo-de-politicas-publicas-sociais/
Nada como o carnaval para recarregar as energias saindo rotina de todos os dias. A festa anima aqueles que gostam da folia de momo que são motivados pela tradição e aditivados pela mídia que mostra flashes ao vivo diretamente dos locais onde têm blocos carnavalescos. Os foliões que têm “o comércio na veia” aproveitam a data para complementar o salário com as vendas de bebidas, lanches e até acessórios para as fantasias.
Eu, porém gosto mesmo é do feriado, aproveito o tempo livre para ler algum livro, e colocar as tarefas domésticas em dia, como por exemplo, prepara um churrasco em família, limpar o quintal, comer churrasco, subir no telhado e trocar telhas quebradas antes da próxima chuva, comer churrasco, dar banho no cachorro, comer churrasco, escrever mais um pouco e depois... comer churrasco. É que churrasco só é ruim quando é pouco, além do ritual da preparação ser para mim uma terapia.
Gostaria de agradecer e ao mesmo tempo pedir desculpas aos assinantes dos e-mails cadastrados para receberem novas postagens do semgastura, pois foram enviadas matérias repetidas devido a uma falha no sistema, localizada entre a cadeira e o teclado (peopleware’s barbeiragem).
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood após um longo namoro, finalmente acertou o noivado com os produtores indianos. A indústria cinematográfica norte americana passou por duas guerras mundiais e manteve a firme postura de apoio aos projetos do governo, sem envolver-se diretamente no debate entre democratas e republicanos. O cinema, principal veículo de divulgação e disseminação do “American Way Life” ele ditou moda, subverteu culturas e é um raro produto que está presente em todas as classes sociais. As obras produzidas são segmentadas para atender diferentes públicos, os amantes de ficção, romance, drama, terror, humor, suspense, musicais, infantis e outros, inclusive os documentários. Valendo-se de múltiplos canais de distribuição ele chega a todos os lares do país. Porém, diferente da forma de distribuição, que varia de acordo com a tecnologia disponível, o processo produtivo continua o mesmo do início do século XX.
A crise financeira que atingiu os principais centros econômicos do planeta, que até então eram considerados sólidos e à prova de “quebradeiras”, como EUA, Japão e alguns países da Europa, também poderá afetar a secular indústria do entretenimento americano.
Resta saber qual papel a indústria cinematográfica dos Estados Unidos irá desempenhar no decorrer do século XX. Observa-se ao longo da história que o cinema americano tem a tendência de retratar como vilões nas suas produções, supostos “inimigos à paz mundial”. Alemães, Russos, e Árabes foram incansavelmente perseguidos e vencidos pelos “mocinhos” de Hollywood. No início do século XXI, com o crescimento acelerado da economia chinesa percebe-se que os psicopatas que querem dominar o mundo mudaram de endereço situando-se dessa vez na Ásia.
O sim da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood ao dar oito estatuetas do “Oscar” - melhor filme, diretor, roteiro adaptado, fotografia, mixagem de som, edição, trilha sonora original e canção original - para “Quem quer se um milionário” do diretor Danny Boyle, prêmio mais celebrado do cinema mundial, soa como uma brilhante estratégia de Marketing.
As mudanças políticas, sociais e econômicas recentes na região sul americana trazem à tona um questionamento para debate. Será que os países da América do sul são a “bola da vez” a serem combatidos pelos heróis das telonas.
“A música e o teatro me salvaram a vida, sem violão era um tipo suspeito”. A afirmação é do músico carioca “Seu Jorge”
“La música y el teatro me salvaron la vida, sin guitarra era un tipo sospechoso", afirma el artista carioca, que pasó de vivir en la calle a cantar por el mundo y trabajar con estrellas de Hollywood.
Sob o título “Seu Jorge, el músico brasileño más guerrero” o jornal espanhol El Pais publicou matéria contando um pouco da vida do artista que nasceu em Belfort Roxo e morou nas ruas durante três anos. Segundo depoimento do próprio artista, cujo nome é Jorge Mário da Silva, ele cresceu em Belfort Roxo, subúrbio do Rio de janeiro que nada tem a ver com as praias maravilhosas dos postais. Uma cidade abandonada pelo sistema, o Governo, a Administração. Cidade de pessoas que vivem o dia a dia com muitas dificuldades e carências, porém com dignidade. Paradoxo com o carnaval carioca que é conhecido em todo o planeta. Ele diz ainda que o povo brasileiro por mais problemas que sofra e que o peso de não dispor de recursos tem uma grande capacidade de aprender e superar-se.
O jornal dedicou extensa matéria sobre o artista que inicia uma temporada de shows pela Galícia, enquanto nós brasileiros continuaremos a exportar a nossa cultura e a consumir produtos culturais de, no mínimo, gosto e qualidade duvidosos.
Veja a matéria na íntegra no endereço do jornal: http://www.elpais.com/articulo/arte/Seu/Jorge/musico/brasileno/guerrero/elpepuculbab/20080510elpbabart_8/Tes